Precisamos estar o mais equipados espiritualmente o quanto possível nesta época de apostasia e engodo sobrenatural. Se não compreendermos o verdadeiro significado do dia do Senhor e como ele contribui para a vida e bem-estar de todo cristão, então perderemos a verdadeiramente grande fonte de enriquecimento e fortalecimento. O Sábado Vamos iniciar com o significado bíblico do sábado e o papel que ele foi destinado a exercer no plano de Deus para a humanidade.
A palavra sábado (hebraico — shabbath) significa o sétimo em uma sequência de sete e é mencionado pela primeira vez em Êxodo 16:23: "E ele disse-lhes: Isto é o que o SENHOR tem dito: Amanhã é repouso, o santo sábado do SENHOR; o que quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes cozer em água, cozei-o em água; e tudo o que sobejar, guardai para vós até amanhã."
O sábado (shabbath) não é mencionado em parte alguma no Gênesis. Embora o Gênesis diga que o Senhor Deus descansou no sétimo dia, ele não usa a palavra shabbath, porém outra palavra, com o significado de "sétimo". O significado distinto de cada palavra pode ser visto claramente nos seguintes versos:
"Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis descanso, memorial com sonido de trombetas, santa convocação. Nenhum trabalho servil fareis, mas oferecereis oferta queimada ao SENHOR." [Levítico 23:24,25].
"Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou." [Êxodo 20:10,11].
"Seis dias o colhereis, mas o sétimo dia é o sábado; nele não haverá." [Êxodo 16:26].
"Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas." [Êxodo 20:10].
Portanto, embora o sábado seja normalmente considerado com o significado de um dia de descanso (quando os israelitas não deveriam realizar trabalho algum), a palavra em si não significa "dia de descanso". Ao contrário, o sétimo dia é um dia de descanso por que o Senhor decretou que, no sétimo dia, os israelitas deveriam se abster de realizar qualquer trabalho. Isto pode parecer como uma pequena distinção, porém na realidade é muito importante, como veremos. Depois que a palavra shabbath assumiu o caráter de um "dia de descanso", ela pôde então ser usada para se referenciar a qualquer outro dia (ou ano) que tivesse o mesmo caráter.
Em Levítico, o Senhor pede que os israelitas separem todo sétimo ano como um ano sabático, o que significa que o ano deveria ter o mesmo caráter que o sétimo dia: "Porém ao sétimo ano haverá sábado de descanso para a terra, um sábado ao SENHOR; não semearás o teu campo nem podarás a tua vinha." [Levítico 25:4].
Um dia diferente do sétimo também poderia ser um sábado. Considere, por exemplo, a Festa das Trombetas, que sempre caía no primeiro dia do sétimo mês. O próprio mês era o sétimo em uma série, mas o dia poderia cair em qualquer um dos sete dias da semana. A festa poderia cair em uma terça-feira em um determinado ano e aquela terça-feira seria um dia de descanso: "Fala aos filhos de Israel, dizendo:
No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis descanso, memorial com sonido de trombetas, santa convocação. Nenhum trabalho servil fareis, mas oferecereis oferta queimada ao SENHOR." [Levítico 23:24,25]. Quando o Sábado Começou a Ser um Dia de Descanso? Quando o Senhor deu o sábado para os israelitas como parte da Lei Mosaica, Ele fez referência ao fato que Ele próprio trabalhou durante seis dias e descansou no sétimo, quando criou o mundo:
"Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou." [Êxodo 20:10,11]. Muitos assumem — por causa disto — que o sábado era observado desde o tempo de Adão, porém este não é o caso. A Lei, que inclui o sábado, foi dada a Israel no Monte Sinai. A Palavra de Deus diz especificamente que o sábado foi dado como "um sinal" entre Deus e os filhos de Israel, para ser observado como uma "aliança perpétua".
"Guardarão, pois, o sábado os filhos de Israel, celebrando-o nas suas gerações por aliança perpétua. Entre mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre; porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, e ao sétimo dia descansou, e restaurou-se." [Êxodo 31:16,17].
Como a nação de Israel somente veio a existir quando o Senhor tirou os israelitas do Egito "para ser um povo seu, especial" (Deuteronômio 7:6), o sábado como o conhecemos hoje não poderia ter existido antes daquele tempo. Ele nunca foi dado em tempo algum à humanidade em geral, mas somente a Israel.
Temos confirmação adicional de Neemias que o sábado (como um dia de descanso) era desconhecido até que o Senhor o deu a Israel no monte Sinai: "E sobre o monte Sinai desceste, e dos céus falaste com eles, e deste-lhes juízos retos e leis verdadeiras, estatutos e mandamentos bons. E o teu santo sábado lhes fizeste conhecer; e preceitos, estatutos e lei lhes mandaste pelo ministério de Moisés, teu servo." [Neemias 9:13,14].
Deve ser observado que o livro de Jó, que é mais antigo que os cinco livros de Moisés, não faz referência ao sábado. Dada a excepcional abrangência das questões espirituais tratadas por Jó, seria impensável que algo tão importante quanto o sábado tivesse sido omitido se ele já existisse. O Sábado se Aplica à Igreja?
Podemos agora perguntar: A igreja herdou o sábado de Israel e, em caso afirmativo, deve observá-lo de algum modo? Já mostramos (em um ensaio anterior) que a Teologia da Substituição não tem validade e que a igreja não substituiu a nação de Israel. Portanto, a igreja não herdou qualquer uma das promessas feitas a Israel como uma nação. Além disso, como Cristo cumpriu a Lei de Moisés e a aboliu para os propósitos de salvação, não há obrigação legal sobre a igreja para observar o sábado. Alguns argumentariam que a abolição da Lei não se aplica aos Dez Mandamentos e que o quarto mandamento (a guarda do sábado), ainda é vinculante sobre a igreja. Entretanto, esta linha de raciocício é defeituosa, pois a Lei incluia os Dez Mandamentos.
O apóstolo Paulo chamou a Lei, de "o ministério da morte, gravado com letras em pedras" (2 Coríntios 3:7) e declarou com "muita ousadia no falar" (v. 12) que ela estava agora "acabada" (v. 11) e "abolida" (v. 13). Os Dez Mandamentos, gravados em tábuas de pedra, foram abolidos no que se refere à nossa salvação. Após a ressurreição de Cristo, a salvação (ou justificação) é encontrada somente por meio da fé em Cristo e naquilo que Ele alcançou para nós com Sua morte e ressurreição. Isto não significa, é claro, que uma pessoa justa e temente a Deus possa seguir uma vida de pecados. Depois de nascer de novo, o cristão vive de acordo com a lei escrita em seu coração — "Esta é a aliança que farei com eles Depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seus corações, e as escreverei em seus entendimentos..." [Hebreus 10:16].
O fiel cristão sabe, por meio de sua consciência e da reação do Espírito Santo que habita nele, quando está agindo de forma contrária à vontade de Deus. Como Cristo disse: "Se me amais, guardai os meus mandamentos." [João 14:15].
O fiel cristão guarda esses mandamentos por que ama a Cristo e se esforça de todas as formas para servi-Lo e honrá-Lo. Mas, isto nunca é feito para propósitos de salvação — pois ele já está salvo e nasceu de novo. Isto é feito para propósitos de santificação. Cristo se refere a esses mandamentos como "meus mandamentos" (não "os mandamentos"). Portanto, podemos pensar nesses mandamentos como a Lei de Cristo para o fiel cristão.
Na verdade, o apóstolo Paulo usa esse mesmo termo: "Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo." [Gálatas 6:2].
Não temos registro que Cristo tenha guardado o sábado nos 40 dias seguintes à Sua ressurreição. Na verdade, podemos seguramente inferir que não, pois a guarda do sábado envolvia a ida ao templo ou à sinagoga, onde os descrentes poderiam estar presentes. Paulo nos diz (em 1 Coríntios 15) que Cristo foi visto somente por Seus discípulos após Sua ressurreição, portanto Ele não poderia ter ido ao templo ou a uma sinagoga no sábado. Cristo estava sob a lei antes do Calvário ("... Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei " [Gálatas 4:4]), mas por Sua morte e ressurreição Ele aboliu a lei. Cristo foi a única pessoa a cumprir a Lei. Se a Lei não tivesse sido revelada, nós nunca saberíamos que Cristo cumpriu seus severos padrões e, desse modo, qualificou-se para servir como o perfeito cordeiro sacrificial.
A Lei de Cristo A igreja está agora sob uma nova lei, a lei de Cristo:
"Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis." [João 13:34].
"O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei." [João 15:12].
"Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus." [Mateus 5:48].
Essa lei, esse "novo mandamento" está escrita no coração de todo fiel cristão nascido de novo. Ela engloba os Dez Mandamentos em toda sua profundidade e maturidade. Ao mesmo tempo, revela para nossos sentidos espirituais a unidade comum para todos eles. Os mandamentos são criados novos nos nossos corações por meio do poder do Espírito Santo que habita em nós. Não os observamos mais por obrigação, mas como o único e perfeito modo de expressar amor ao nosso Deus-homem vivo, Jesus Cristo de Nazaré.
Os Evangelhos e as epístolas nos lembram que os Dez Mandamentos não são menos essenciais hoje no processo de santificação de todos os fiéis cristãos do que foram quando o Senhor os deu inicialmente no Monte Sinai. Eles não levavam à salvação (ou justificação" em 1440 AC e ainda não fazem isso hoje. Somos salvos unicamente pela fé no Messias, o Santo de Israel, Jesus de Nazaré. Se tomarmos todas as injunções no Novo Testamento que se aplicam diretamente ao indivíduo, provavelmente descobriremos que existem centenas. Já foi estimado que somente na Epístola aos Efésios, existem pelo menos 40 mandamentos e injunções colocadas sobre a vida espiritual e material de todo cristão. Aqui estão apenas alguns, do capítulo 5 do Evangelho de Mateus: Que a tua luz resplandeça diante dos homens, para que eles vejam as tuas boas obras Alegre-se quando os homens o perseguirem Não se encolerize contra teu irmão sem motivo Que a tua palavra seja sim, sim; não, não. Não resistas ao mal Dê a quem te pedir Ame os teus inimigos Bendiga aqueles que o maldizem Faça o bem para aqueles que o odeiam Ore por aqueles que o maltratam. Estes são mandamentos? É claro que sim. Não somente Jesus disse que eles são, mas disse que não devemos ensinar que nem mesmo o menor deles pode ser violado: "Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus." [Mateus 5:19]. A palavra grega para "mandamentos" em Mateus 5:19 acima é a mesma para "mandamentos" em Marcos 10:19, isto é, entole:
"Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe." [Marcos 10:19].
Os Evangelhos e as Epístolas apresentam cada um dos Dez Mandamentos — veja a Tabela na página seguinte — de modo que não temos dúvida que:
(a) eles são tão aplicáveis hoje quanto no tempo em que foram dados no Monte Sinai e
(b) que eles não são nem mais nem menos relevantes para nossa santificação do que os outros mandamentos encontrados em todo o Novo Testamento. — "Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente." [Hebreus 13:8].
Em sua Epístola aos Colossenses, Paulo deixa bem claro que a guarda do sábado não é vinculante para a igreja, mas que cada indivíduo pode observá-lo como uma questão de escolha pessoal. Isto é, sem dúvida, um modo muitíssimo incomum de falar de um mandamento: "Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo." [Colossenses 2:16-17].
Pode parecer para alguns que o mandamento foi efetivamente anulado e não é aplicável à igreja em qualquer sentido, mas não é assim. Ao contrário, a Palavra de Deus está a nos dizer que o mandamento do sábado, quando aplicado à igreja, assume um caráter totalmente novo. Mandamento no Velho Testamento Mandamento no Novo Testamento 1. "Eu sou o SENHOR teu Deus... Não terás outros deuses diante de mim." [Êxodo 20:2-3]
"Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás." [Mateus 4:10].
2. "Não farás para ti imagem de escultura... Não te encurvarás a elas nem as servirás." [Êxodo 20:4-5]
2. "Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém." [1 João 5:21]
3. "Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão." [Êxodo 20:7].
"Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome." [Mateus 6:9].
4. "Lembra-te do dia do sábado, para o santificar."[Exodo 20:8].
"Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados." [Col. 2:16].
5."Honra a teu pai e a tua mãe." [Êxodo 20:12].
"Tu sabes os mandamentos: ... honra a teu pai e a tua mãe."[Marcos 10:19].
6. "Não matarás." [Êxodo 20:13] "Tu sabes os mandamentos: ... não matarás..." [Marcos 10:19].
7. "Não adulterarás." [Êxodo 20:14] "Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás..." [Marcos 10:19].
8. "Não furtarás." [Êxodo 20:15] "Tu sabes os mandamentos: ... não furtarás..." [Marcos 10:19].
9. "Não dirás falso testemunho contra o teu próximo." [Êxodo 20:16] "... Não darás falso testemunho..." [Romanos 13:9]
10. "Não cobiçarás a casa do teu próximo... nem coisa alguma do teu próximo." Êxodo 20:17]. "... Não cobiçarás..." [Romanos 13:9].
Como cristãos, não deixamos de trabalhar no sétimo dia somente. O israelita não poderia carregar um peso no dia de sábado, mas poderia fazer isso em qualquer um dos outros seis dias da semana. O cristão nascido de novo, porém, entregou todas suas cargas a Cristo: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei." [Mateus 11:28]. Falando espiritualmente, o cristão cumpre o sábado — o verdadeiro significado do dia de descanso — quando descansa nos braços do Senhor. E isto não pode estar confinado a qualquer dia em particular, seja o sétimo, o primeiro, ou qualquer outro dia, mas começa o dia em que ele nasce de novo. A parte do homem que vive neste estado maravilhoso de descanso é seu espírito. Sua alma — mente, emoções e sensibilidades interiores — entrará progressiva e mais plenamente naquele estado por meio de sua contínua santificação. Infelizmente, nossa carne nunca experimentará esse estado, até que ressurreição ou o arrebatamento aconteçam, quando então todos receberão um corpo físico glorificado.
O Dia do Senhor Precisamos agora considerar o significado do Dia do Senhor nas Escrituras. O termo aparece somente uma vez na Bíblia: "Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, que dizia: Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia." [Apocalipse 1:10,11]. A palavra grega para "Senhor" nesta passagem é Kyrios, que pode ser traduzida como "Senhor" (equivalente a Adonai em hebraico), ou SENHOR (equivalente a YHWH em hebraico). Entretanto, a passagem aponta diretamente para Cristo, o Alfa e o Ômega, o que indica que está se referindo ao nosso Redentor ressurreto.
O Novo Testamento nunca implica que os cristãos primitivos observavam o sábado ou que estavam obrigados a observá-lo. Por outro lado, ele sugere que os cristãos primitivos observavam o Dia do Senhor, mas — e isto é importante — nunca implica que eles estavam obrigados a observá-lo. Que Dia É o Dia do Senhor? À medida que viajava de cidade a cidade, o apóstolo Paulo comparecia à sinagoga aos sábados em muitas ocasiões, de modo a testemunhar para os judeus não-salvos, porém nunca somos informados que ele ou qualquer outro fiel cristão guardavam o sábado. Logicamente, podemos inferir que muitos judeus salvos realmente observavam o sábado, mas não havia exigência para eles fazerem isso. Neste sentido, eles eram similares aos judeus salvos que continuavam a observar as leis alimentares, embora não houvesse necessidade de fazerem isso.
Portanto, a partir de Apocalipse 1:10 ("Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor...") sabemos que um certo dia era conhecido como "o dia do Senhor". É sensato assumir, com base na necessidade de pelo menos um dia de adoração em grupo na semana, que o Dia do Senhor caía a cada sete dias. É também sensato inferir que não era no sábado (ou desde o fim da tarde da sexta-feira até o fim da tarde do sábado) pois João teria chamado aquele dia de sábado, em vez de inventar um termo diferente. Sabemos também que "o dia do Senhor" ao qual ele se referiu não era "o grande dia do Senhor" (Sofonias 1:14), pois esse "dia" em questão refere-se ao tempo do fim, que está programado para se desdobrar ao longo de um período de vários anos. Além disso, os escritos existentes do períodos apostólico e pós-apostólico mostram que o dia do Senhor caia no primeiro dia da semana e que era comemorado como tal pelos cristãos primitivos em todo o Oriente Médio.
O mais forte suporte no Novo Testamento para o dia do Senhor, além de Apocalipse 1:10, pode ser encontrado em Atos 20:6-7: "E, depois dos dias dos pães ázimos, navegamos de Filipos, e em cinco dias fomos ter com eles a Trôade, onde estivemos sete dias. E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e prolongou a prática até à meia-noite." [Atos 20:6,7]. Estando em Trôade por sete dias, Paulo poderia ter escolhido qualquer dia da semana para se reunir com os cristãos que viviam ali, para pregar para eles e repartir o pão com eles — isto é, para celebrar o Dia do Senhor — porém escolheu o primeiro dia da semana. Podemos inferir também, a partir dessa passagem, que o dia estava baseado no tempo romano (em que o dia começava à meia-noite) e não o tempo judaico (em que o dia começava às 6 horas da tarde). Trôade estava situada no noroeste da Turquia. Os discípulos se reuníram em algum horário após o amanhecer do domingo e celebraram o Dia do Senhor com Paulo. O apóstolo então pregou até meia-noite (Atos 20:7) e, por volta desse horário, um rapaz chamado Êutico caiu do parapeito de uma janela e foi "levantado morto". Paulo o trouxe de volta à vida. Eles então fizeram uma refeição e conversaram até "a alvorada" (da segunda-feira), quando Paulo partiu em viagem.
É notável que, no único caso no Novo Testamento em que a celebração do Dia do Senhor é registrada, um morto foi restaurado à vida. Ao escrever para a igreja em Corinto, Paulo também se referiu a uma tarefa que muito facilmente poderia ter sido realizada quando todos os membros da igreja estivessem reunidos no mesmo local: "Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar. E, quando tiver chegado, mandarei os que por cartas aprovardes, para levar a vossa dádiva a Jerusalém." [1 Coríntios 16:1-3].
Como a igreja se reunia para a adoração no primeiro dia da semana, este era o tempo mais apropriado para fazer uma coleta para os necessitados em Jerusalém. Esta é evidência adicional que o domingo, o dia do Senhor, não era equivalente ao sábado, pois a coleta do dinheiro desse modo teria sido proibida sob a Lei. Referências do Velho Testamento ao Dia do Senhor Embora a criação da igreja nunca seja expressamente mencionada no Velho Testamento, o Dia do Senhor foi prefigurado de diversas formas: "Abri-me as portas da justiça; entrarei por elas, e louvarei ao SENHOR. Esta é a porta do SENHOR, pela qual os justos entrarão. Louvar-te-ei, pois me escutaste, e te fizeste a minha salvação. A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça da esquina. Da parte do SENHOR se fez isto; maravilhoso é aos nossos olhos. Este é o dia que fez o SENHOR; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele." [Salmos 118:18-24]. Esta passagem foi citada por Jesus durante Seu ministério: "Diz-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, que os edificadores rejeitaram, essa foi posta por cabeça do ângulo; pelo Senhor foi feito isto, e é maravilhoso aos nossos olhos?" [Mateus 21:42].
O livro dos Atos faz uma conexão direta entre a pedra que os construtores rejeitaram e a ressurreição de Cristo: "Seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, em nome desse é que este está são diante de vós. Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina." [Atos 4:10,11]. Consideradas juntas, estas passagens ensinam uma verdade profunda. Por meio delas, podemos ver claramente que "o dia que fez o Senhor" foi um dia específico na história, isto é o dia em que Jesus ressuscitou dentre os mortos. A mesma verdade é celebrada no Salmo 2: "Proclamarei o decreto: o SENHOR me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei." [Salmos 2:7].
Sabemos, a partir de Hebreus 5:5, que o dia especial mencionado em Salmos 2:7 ("este dia") é o dia em que Jesus foi glorificado, o dia de Sua ressurreição: "Assim também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei." [Hebreus 5:5]. A partir desses versos da Escritura podemos ver que — no tempo da Criação — o Senhor dos céus e da Terra escolheu um dia específico, muito longe no futuro, quando Seu Filho seria glorificado. Esse dia foi o da Ressurreição!
Assim, se o Senhor escolheu o primeiro dia da semana para este sublime propósito, então esse dia certamente precisa ser especial na vida de todo fiel cristão. O Oitavo Dia Quando visto como um dia em uma sequência de dias, o primeiro dia da semana também pode ser considerado como o oitavo dia. Como cai após o sétimo dia, ele é o oitavo na sequência.
A Escritura dá um lugar especial ao oitavo dia, uma posição que nenhum outro dia desfrutava, além do sábado. O Senhor decretou que todos os bebês do sexo masculino fossem circuncidados ou dedicados a Ele no oitavo dia: "E no dia oitavo se circuncidará ao menino a carne do seu prepúcio." [Levítico 12:3]. Da mesma forma, o primogênito de todos carneiros, bodes e bois deveriam ser sacrificados ou dados a Ele, no oitavo dia:
"Quando nascer o boi, ou cordeiro, ou cabra, sete dias estará debaixo de sua mãe; depois, desde o oitavo dia em diante, será aceito por oferta queimada ao Senhor." [Levítico 22:27].
"Assim farás dos teus bois e das tuas ovelhas: sete dias estarão com sua mãe, e ao oitavo dia mos darás." [Êxodo 22:30].
"E ao oitavo dia tomará dois cordeiros sem defeito, e uma cordeira sem defeito, de um ano, e três dízimas de flor de farinha para oferta de alimentos, amassada com azeite, e um logue de azeite." [Levítico 14:10].
O oitavo dia também tinha uma posição especial na purificação dos leprosos. Em toda a Bíblia, a lepra é um símbolo do pecado em sua forma mais obstinada e corruptora, requerendo que os leprosos vivessem fora do arraial, cobrissem suas bocas com um pano e gritassem "Imundo! Imundo!" se alguém se aproximasse deles. Até mesmo depois de ser purificado pelo sacerdote — e declarado curado da lepra — em uma cerimônia especial detalhada em Levítico 14, e receber o direito de voltar a viver no arraial, ele precisava passar mais sete dias adicionais fora de sua tenda. No sétimo dia ele deveria raspar todos os cabelos e pelos de seu corpo e lavar suas roupas. Entretanto, era somente no oitavo dia, quando o sacerdote oferecia os sacrifícios de expiação prescritos a favor dele e realizava uma cerimônia adicional, é que o leproso ficava perfeitamente livre e purificado de todos os efeitos da lepra. "E ao oitavo dia tomará dois cordeiros sem defeito, e uma cordeira sem defeito, de um ano, e três dízimas de flor de farinha para oferta de alimentos, amassada com azeite, e um logue de azeite." [Levítico 14:10].
O oitavo dia aponta para a ressurreição de Cristo no primeiro dia da semana, quando Ele se levantou do sepulcro e, desse modo, revelou a total e perfeita expiação pelo pecado para todos os que creem. Antes desse dia glorioso, nenhum pecado podia ser perdoado incondicionalmente, mas somente em antecipação à obra que Cristo realizaria no Calvário. Uma cerimônia similar de purificação é delineada em Números 6 para um nazireu que quebra seu voto inadvertidamente, ao tocar um cadáver.
O nazireu também precisaria raspar sua cabeça no sétimo dia e comparecer diante do sacerdote no oitavo dia, trazendo sua oferta sacrificial. Somente então sua contaminação seria purificada. O oitavo dia também marcava o clímax da Festa dos Tabernáculos. Esta era, provavelmente, a mais social das festas anuais de Israel, quando toda a família habitava em um "tabernáculo", uma estrutura frágil feita com ramos, folhas de palmeiras e outros materiais. Isto tinha o objetivo de comemorar os 40 anos de peregrinação no deserto do Sinai, quando toda a nação viveu em tendas ou em abrigos improvisados.
Como tal, a festa era uma reencenação prática da experiência e uma celebração de tudo o que o Senhor tinha feito por eles, tirando-os com segurança da terra do Egito e suprindo todas as suas necessidades: "Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo será a festa dos tabernáculos ao SENHOR por sete dias. Ao primeiro dia haverá santa convocação; nenhum trabalho servil fareis. Sete dias oferecereis ofertas queimadas ao SENHOR; ao oitavo dia tereis santa convocação, e oferecereis ofertas queimadas ao SENHOR; dia de proibição é, nenhum trabalho servil fareis." [Levítico 23:34-36].
"Porém aos quinze dias do mês sétimo, quando tiverdes recolhido do fruto da terra, celebrareis a festa do SENHOR por sete dias; no primeiro dia haverá descanso, e no oitavo dia haverá descanso." [Levítico 23:39].
A Festa dos Tabernáculos na segunda metade do ano era em muitos respeitos a contraparte da Festa dos Pães Ázimos , que caía na primeira metade do ano. Cada uma das outras festas anuais detalhadas no Pentateuco continha somente um dia, isto é, Páscoa, Primícias, Semanas (Pentecostes), Trombetas e Expiação (Yom Kippur). Tanto a Festa dos Tabernáculos quanto a Festa dos Pães Ázimos eram de sete dias de duração, em que o primeiro dia em cada caso era um sábado de descanso (um dia de "santa convocação" em que nenhum trabalho servil era realizado).
Por outro lado, a Festa dos Pães Ázimos era precedida por um dia especial, a Páscoa, que não era um sábado (ou "santa convocação"), enquanto que a Festa dos Tabernáculo concluía com a adição de um "oitavo dia", que era uma santa convocação. Há um claro paralelo entre essas duas festas. Ambas tinham o propósito de celebrar as colheitas anuais. A primeira marca a colheita dos cereais na primavera, enquanto a segunda marca a colheita dos principais frutos do verão, isto é, as uvas e azeitonas. (A outra festa importante da colheita, para marcar a colheita do trigo, caía no Pentecostes.) Falando de forma estrita, a Páscoa é uma festa em si mesma. Igualmente, o oitavo dia da Festa dos Tabernáculos é claramente distinto dos sete dias anteriores a ele: "Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo será a festa dos tabernáculos ao SENHOR por sete dias. Ao primeiro dia haverá santa convocação; nenhum trabalho servil fareis." [Levítico 23:34]. Estes dias "adicionados", se podemos usar esse termo, estão relacionados. O primeiro, a Páscoa, é o dia que o Senhor foi para o Calvário, enquanto que o último refere-se ao dia que o Senhor retornará a Terra e habitará (tabernaculará) conosco. Isto cumprirá a profecia em Isaías em que Jesus é chamado de Emanuel "Deus conosco", ou "Deus habita em pessoa em nosso meio". O oitavo dia é, portanto, uma referência à Ressurreição, quando Cristo obteve um corpo humano imortalizado e, com ele, o direito de vir à Terra e viver entre nós — para sempre. Ele representa o "domingo", o primeiro dia da semana, quando Jesus saiu do sepulcro.
Como tal, o dia representa e celebra "o dia que fez o Senhor". Isto nos diz muito sobre o domingo na vida de todo cristão nascido de novo. Cristo já habita nos fiéis cristãos por meio do Espírito Santo. Observando o domingo como um dia especial na obra maravilhosa de redenção de Deus — o dia que o Senhor fez — celebramos a ressurreição, nossa justificação por meio de Cristo, e a obra de santificação que o Espírito Santo está realizando de forma contínua em nossas vidas. O oitavo dia da Festa dos Tabernáculos era também uma santa convocação. Isto indicaria que os cristãos nascidos de novo são convidados a se reunirem no oitavo dia e, com uma voz, celebrarem seu significado especial em louvor e ações de graças. De fato, quando fala a respeito do "dia que fez o Senhor", o Salmo 118 imediatamente acrescenta "regozijemos e alegremo-nos nele".
A Palavra de Deus também destaca a importância do oitavo dia no Milênio, quando sacrifícios serão oferecidos no Templo, em comemoração ao grande sacrifício realizado no Calvário. Isto pode surpreender muitos leitores, mas não deveria. Os sacrifícios do Velho Testamento e aqueles no Milênio são idênticos. Ambos apontam em fé para o único sacrifício que poderia expiar os pecados. O livro de Ezequiel nos diz que o novo altar — o grande altar do Milênio — terá de ser purificado antes de poder ser usado. Sacrifícios prescritos serão realizados sobre ele a cada dia durante sete dias, para esse propósito:
"Por sete dias prepararás, cada dia um bode como oferta pelo pecado; também prepararão um bezerro, e um carneiro do rebanho, sem mancha. Por sete dias expiarão o altar, e o purificarão; e assim consagrar-se-ão. E, cumprindo eles estes dias, será que, ao oitavo dia, e dali em diante, os sacerdotes oferecerão sobre o altar os vossos holocaustos e as vossas ofertas pacíficas; e eu me deleitarei em vós, diz o Senhor DEUS." [Ezequiel 43:25-27].
Assim, o oitavo dia é aquele dia muito especial quando o Senhor Deus de Israel "aceitará" as ofertas feitas pelo Seu povo. Este será o dia quando todas as coisas serão restauradas para seu lugar de direito. A partir desse dia, perpetuamente e sem interrupção, o Senhor receberá honra e louvor dos filhos de Israel. Como o Dia do Senhor Difere do Sábado?
À luz do que aprendemos até aqui, podemos agora comparar o sábado e o Dia do Senhor utilizando a seguinte tabela: O Sábado O Dia do Senhor
1 O sábado foi dado para Israel somente. O Dia do Senhor é para a igreja.
2 O sábado començava às 18h00min da sexta-feira. O Dia do Senhor começa na manhã do domingo.
3 O sábado era um sinal da aliança entre Deus e os filhos de Israel. Os cristãos devem se alegrar no Dia do Senhor.
4 A guarda do sábado era compulsória. O fiel cristão pode celebrar o Dia do Senhor do modo como preferir.
5 Infringir a guarda do sábado era punido com a pena de morte. Como o fiel cristão já tem o Espírito Santo habitando em seu interior, é impossível para ele "infringir" o Dia do Senhor.
6. O sábado é diferente de todos os outros dias da semana. O fiel cristão deve se esforçar para viver cada dia da semana com o mesmo elevado padrão que o Dia do Senhor.
7. O sábado será observado por Israel e por todas as nações no Milênio.. O Dia do Senhor cessará no Arrebatamento. O sábado e o dia do Senhor, respectivamente, são para duas dispensações diferentes e dois apriscos diferentes. Os judeus não conseguem guardar o sábado corretamente desde a destruição do Templo, no ano 70. Para fazer isso eles precisariam ter um altar em Jerusalém e um sacerdócio aarônico consagrado para oferecer os sacrifícios e apresentar as ofertas especificadas por Deus.
É impossível cumprir algumas das exigências do sábado e omitir outras. A Palavra de Deus requer, por exemplo, que dois cordeiros sejam sacrificados, de manhã e à tarde, no sábado, em vez de apenas um. Até mesmo os judeus ortodoxos não conseguem guardar o sábado. A Palavra de Deus predisse essa situação aparentemente impossível: "E farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas, e os seus sábados, e todas as suas festividades." [Oséias 2:11]. Oséias também predisse o longo período de tempo — "muitos dias" — durante o qual Israel ficaria sem um sumo sacerdote (aquele que veste o éfode, ou os trajes sacerdotais):
"Porque os filhos de Israel ficarão por muitos dias sem rei, e sem príncipe, e sem sacrifício, e sem estátua, e sem éfode ou terafim. Depois tornarão os filhos de Israel, e buscarão ao SENHOR seu Deus, e a Davi, seu rei; e temerão ao SENHOR, e à sua bondade, no fim dos dias." [Oséias 3:4-5].
Como o sacerdócio aarônico continuou intacto durante o cativeiro na Babilônia, essa profecia precisa se referir ao período profético posterior à destruição do templo no ano 70, até o tempo presente. Todavia, quando Cristo retornar, o sábado será reinstalado e "toda a carne" (judeus e gentios) o observarão: "E será que desde uma lua nova até à outra, e desde um sábado até ao outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o SENHOR." [Isaías 66:23].
O Dia do Senhor na Escritura Três dos eventos mais maravilhosos na história ocorreram no Dia do Senhor: o Pai criou os céus e a Terra; Cristo saiu do sepulcro; e o Espírito Santo veio para habitar entre os homens. As pessoas da Santa Trindade foram imensuravelmente atenciosas em cada uma dessas ocasiões para as necessidades do homem caído. É significativo que cada uma delas concedeu Seu dom maravilhoso no mesmo dia. À luz disso, deve ser natural para todo cristão ter uma afinidade com este dia especial. O Senhor também compartilhou com a humanidade no dia do Senhor a revelação admirável que Ele deu ao Seu Filho. Sem o livro do Apocalipse teríamos somente uma compreensão parcial da Escritura e do grande Plano da Redenção. Por causa do Dia do Senhor, iniciamos cada semana na bênção e vivemos os seis dias seguintes no poder dessa bênção.
O Adventismo do Sétimo Dia
O Maligno detesta o Dia do Senhor e a força espiritual que ele dá a todo fiel cristão. Os escritos de Ellen G. White, a fundadora do Adventismo do Sétimo Dia, são um engodo satânico e nenhum cristão everia ter algo que ver com eles.
A Igreja Adventista do Sétimo Dia é uma das várias igrejas maçônicas e falsas criadas pelo Maligno para solapar e destruir o Cristianismo. As outras incluem as Testemunhas de Jeová, os Mórmons (também chamados de Santos dos Últimos Dias), a Ciência Cristã e a Igreja Mundial de Deus (com suas muitas derivações), fundada por Herbert Armstrong. Ellen White tentou convencer seu povo que os cristãos deveriam guardar o sábado e se esquecer do dia do Senhor. Ela também chegou a afirmar que, ao observarem o dia do Senhor, os cristãos estavam caindo em uma cilada de Satanás. Ela argumentava que a Igreja Católica Romana era "a besta" e que a guarda do domingo se tornaria o principal sinal ou "marca" de participação leal ao sistema da besta.
Outros, tentam denegrir o Dia do Senhor e afirmam que, substituindo o Dia do Senhor pelo sábado, a Igreja Católica Romana estava secretamente dando honra ao assim chamado deus-sol Apolo, ou Lúcifer. Mas, isto não pode ser verdadeiro, pois os romanos somente chamaram o domingo por esse nome (Dies Solis) após o primeiro século.
O ciclo de oito dias foi usado até aquele tempo e somente foi oficialmente suplantado pelo sistema de sete dias no século quarto. Assim, quando os cristãos do primeiro século deram reconhecimento especial ao primeiro dia da semana, não estavam competindo com uma divindade pagã. Ao contrário, é mais provável que o primeiro dia da semana tenha sido nomeado em homenagem ao deus-sol de modo a desafiar a posição especial que ele já possuía no calendário cristão. Conclusão Se não nos aproximarmos mais de Deus no domingo, quando então faremos isso?
Quando os israelitas estavam no deserto, eles coletavam maná suficiente no sexto dia para atender às necessidades de alimentação no sábado. Todo cristão é convidado no Dia do Senhor a coletar os nutrientes espirituais que o sustentarão ao longo do restante da semana. Em um sentido real — se pudermos ver desse modo — cada semana inicia no melhor dia possível e da melhor forma possível. Lembre-se de Elias, a quem o anjo do Senhor — o Cristo pré-encarnado — graciosamente alimentou em sua hora de necessidade:
"E o anjo do SENHOR tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te e come, porque te será muito longo o caminho. Levantou-se, pois, e comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus." [1 Reis 19:8].
Hoje, muitos cristãos desistiram da participação regular em uma igreja aos domingos, frequentemente por que tão poucas igrejas ainda mantêm a adoração de acordo com a Palavra de Deus. Mas, eles perdem muito ao negligenciarem o Dia do Senhor dessa forma. Se uma igreja fiel, em que haja o temor a Deus — com um pastor temente a Deus — não existe em sua cidade, então você precisa se reunir com outros cristãos, de algum outro modo, para adorarem juntos ao Senhor. Mesmo que somente alguns poucos indivíduos se reúnam aos domingos para a leitura das Escrituras, para a oração em grupo e para cantar hinos de louvor, bênçãos espirituais serão recebidas.
Como diz a Palavra de Deus: "Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia." [Hebreus 10:25].
O dia que se aproxima, é claro, é o maravilhoso dia do Arrebatamento da Igreja. Nesta época de apostasia e de grandes trevas espirituais, todo fiel cristão precisa fazer o possível para se fortalecer e manter um firme fundamento espiritual.
O Dia do Senhor é a pedra de esquina da semana, um tempo para renovarmos nossas forças e nos aproximarmos mais de Deus: "Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações." [Tiago 4:8].
Autor: Jeremy James, artigo em http://www.zephaniah.eu Data da publicação: 19/1/2017 Transferido para a área pública em 22/12/2018 A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/domingo.asp
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