Não seja como o irmão do filho pródigo !

A parábola do filho pródigo (Lucas 15:11-32) é muito conhecida e pregada nos púlpitos. O que pouco se fala é do irmão dele. E hoje eu quero analisar com você esse lado pouco conhecido da parábola. 

O filho pródigo exige a sua parte na herança, gasta tudo com bebedeira e mulheres. E depois volta pra casa e é recebido com grande alegria por seu pai que lhe oferece uma festa de boas vindas. O irmão dele fica revoltado e vai questionar seu pai. Veja nos versículos 29 e 30 o que ele diz:

'Olha! todos esses anos tenho trabalhado como um escravo ao teu serviço e nunca desobedeci às tuas ordens. Mas tu nunca me deste nem um cabrito para eu festejar com os meus amigos. Mas quando volta para casa esse teu filho, que esbanjou os teus bens com as prostitutas, matas o novilho gordo para ele!' 

Primeira coisa que notamos é que ele considerava seu trabalho como de “escravo”, ou seja, ele não estava satisfeito em trabalhar com seu pai. 

Jesus sempre conta as parábolas para fazer uma comparação com seu Reino e com a Salvação. Ora, trazendo essa parábola para nossa realidade, o irmão do filho pródigo é como os cristãos que fazem a obra como “obrigação”. Se consideram servos no sentido de sentirem o trabalho na obra “pesado”. Consideram Deus mais como um patrão do que como um Pai. 

O irmão do filho pródigo também considera seu pai injusto, pois nunca o recompensou pelo seu “trabalho pesado”e sua obediência. Ele acusa o pai de “nunca ter lhe dado sequer um cabrito para festejar com seus amigos”. 

E então o seu pai responde: 'Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que tenho é seu”. 

O que acontece é que esse filho nunca entendeu que aquilo tudo era seu! Ele se considerava um escravo, sendo filho! 

Ele desprezava o que fazia, achando um peso, quando na verdade era um privilégio! 

Quantos cristãos pensam da mesma forma que esse rapaz! São filhos de Deus, mas se consideram escravos, acham o trabalho na obra demasiado estafante, a obediência à Deus lhe pesa, não tem prazer no Senhor. E o pior é que passam a vida assim, amargurados por não serem “reconhecidos”, enquanto só basta reivindicar aquilo que já é seu por direito! 

 Jesus nos fez livre e não escravos. Não temos que carregar nenhum jugo, pois ele já o carregou para nós. Somos filhos de Deus e cabe a cada um reconhecer e aceitar isso. 

 Ao fazer a obra do Senhor, que possamos fazer por amor e não para sermos “reconhecidos” ou “recompensados”. 

Temos que ter em mente que nosso galardão está no céu e não aqui nessa terra. Teremos a eternidade para aproveitar. 

Comece a enxergar hoje a grandeza do Reino de Deus e saiba que tudo isso já é seu por Jesus ter lhe dado esse direito. 

Não olhe para a obra como um fardo pesado, mas tenha amor e prazer em fazer parte do Reino do Senhor. Ele é seu Pai e você é filho e co-herdeiro do seu Reino!