terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Livro Nada Ortodoxa

Resolvi fazer a resenha desse livro porque ele fala sobre religiosidade e doutrinas humanas, e como isso pode aprisionar as pessoas, destruindo seus sonhos. 

É um livro forte, que expõe a comunidade de judeus hassidicos. Nele, a autora conta sua própria história. Nascida e criada na comunidade de judeus hassídicos, que é uma das vertentes do judaísmo, conta como foi oprimida a ponto de não suportar mais, largar tudo e fugir. 

Porém, o que mais me chocou é como a história de Devoire ou Deborah como mais tarde passou a se chamar, é muito parecida com a de muitos evangélicos tradicionais

Eu me converti em uma igreja evangélica tradicional, onde me eram impostas diversas regras de como me vestir, como me comportar, como deveria conduzir minha vida, etc, porém quando comecei a ler a bíblia percebi que Jesus nunca nos impôs nada além do que diz os 10 mandamentos! É óbvio que não vou andar vestida sensualmente, muito menos fazer coisas que tragam escândalo ao evangelho, porém o que passar disso é doutrina humana, é religiosidade! 

Jesus morreu na cruz para sermos livres, não só do pecado, mas da Lei e suas imensas regras, porém muitos líderes ainda usam regras para oprimir as ovelhas. 

Quando me dei conta disso, saí daquela igreja e fui para uma outra mais flexível. Entretanto, a Deborah não teve essa chance, ela desacreditou de Deus e acabou se afastando Dele. Fiquei pensando em quantas pessoas também saíram da igreja para nunca mais voltar, por não suportar viver uma vida cheia de regras humanas, tolhendo seus sonhos e projetos? 

E que essas pessoas se afastaram de Jesus por acharem que Ele é um Deus mau, que impõe regras impossíveis de serem seguidas, quando na verdade Jesus nunca impôs jugo nenhum, pelo contrário, ele disse: 

Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.


Seguir Jesus e obedecer a Deus requer renuncias sim, porém nada pesado e impossível, nada que seja tão difícil a ponto de desistirmos de nossos sonhos. 

Deus nos ama e quer o melhor para nós, não é um Deus mau, sempre pronto a nos castigar, mas compassivo e amoroso. Os homens é que impõe um fardo pesado demais, Deus não faz isso. 

Se puderem leiam o livro, é muito bom para abrir nossos olhos, para que não deixemos nos aprisionar em doutrinas humanas. Não ví a série baseada nesse livro da Netflix ainda, não sei se é boa, mas o livro eu recomendo. 

Sinopse do livro 


Deborah Feldman cresceu sob um código de costumes rígidos, que regulavam praticamente tudo que dizia respeito à sua vida, desde o que ela poderia vestir e com quem poderia falar, até o que lhe era permitido ler. 

Integrante de um grupo de judeus hassídicos — corrente ultraortodoxa da religião — e criada pelos avós, cuja lealdade às tradições muitas vezes intrigava a mente curiosa da jovem, Deborah escondia volumes de Jane Austen e Louisa May Alcott para imaginar uma vida alternativa entre os arranha-céus de Manhattan. 

Ao fim da adolescência, submetida a um aspecto comum a diversas tradições conservadoras, Deborah se vê presa em um casamento disfuncional com um homem que mal conhece. 

O isolamento e a intransigência da comunidade deixam o jovem casal despreparado para o relacionamento, bem como para as responsabilidades paternas que se seguem. 

Quando consegue enfim se afastar do bairro onde sempre morou e organizar uma rotina com algumas liberdades, a tensão entre os desejos e os compromissos religiosos de Deborah aumenta. Até que, farta de ver o marido colocar a estrita observância da tradição acima do bem-estar da família, ela decide abandonar tudo que um dia chamou de vida.

Ousado e em certa medida catártico, o livro de memórias de Deborah Feldman lança luz ao funcionamento de grupos religiosos ortodoxos que costumam ser tão misteriosos quanto intrigantes para quem vê de fora — uma narrativa tão forte que deu origem a uma minissérie de quatro episódios na Netflix. Por meio de sua impressionante história de fuga da repressão, em busca de autoconhecimento, 

Nada ortodoxa fala de liberdade e independência, mas também de laços e senso de pertencimento, levando-nos a refletir sobre o equilíbrio tênue entre essas noções.



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